O Congresso Português de Hepatologia, organizado pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), contou com a participação de Rui Castro, Professor Associado na Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa, e membro do Comité Científico da Associação Europeia para o Estudo do Fígado (EASL). Rui Castro trouxe a debate questões cruciais relacionadas à investigação básica e translacional em Hepatologia em Portugal.
Para Rui Castro, “a investigação científica contribui para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade de diversas maneiras. Em particular, está na origem de novas tecnologias, medicamentos e tratamentos que melhoram a nossa saúde e qualidade de vida.”
Destacou que “muitas vezes há a perceção de que Portugal não possui investigação de topo, o que não corresponde à realidade. Investigadores portugueses têm contribuído para a descoberta de novos alvos moleculares e na avaliação de novos fármacos e biomarcadores para patologias hepáticas, mostrando a importância da integração das ciências básicas e clínicas para benefício do doente”.
Ao ser questionado sobre os objetivos de trazer esse tema a debate, ressaltou que “apesar de sermos um país pequeno, temos já um percurso sólido e reconhecido no que diz respeito à investigação básica em Hepatologia. Mas podemos fazer muito mais”.
Enfatizou, ainda, que “um dos grandes objetivos da investigação translacional é o de criar pontes entre a investigação básica/fundamental e a investigação clínica, possibilitando uma revolução biomédica.”
Assim, destacou que sessão teve como objetivos discutir e refletir sobre como é que investigadores académicos e clínicos podem colaborar mais ativamente em projetos com um potencial impacto – translacional – no quotidiano de milhares de pessoas que vivem com doença hepática crónica.