A ascite, uma complicação comum e debilitante que afeta os doentes com doença hepática crónica avançada, foi tema de destaque no Congresso Português de Hepatologia, organizado pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF). Entre os oradores, destacou-se a presença da Assistente Hospitalar de Medicina Interna da Unidade Local de Saúde Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), Joana Almeida Calvão, cuja apresentação teve como objetivo promover uma discussão aberta e informativa sobre o uso dos drenos abdominais permanentes na gestão paliativa da ascite.
Joana Almeida Calvão enfatizou a importância dos drenos abdominais permanentes como uma opção terapêutica valiosa para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com ascite refratária. Segundo a médica “a implantação de drenos abdominais permanentes oferece uma alternativa crucial para aqueles que não são candidatos a outras intervenções, proporcionando alívio sintomático sustentado e um maior conforto no dia a dia”.
Os objetivos da apresentação foram diversos e incluíram destacar a eficácia dos drenos abdominais permanentes, promover uma discussão sobre as indicações e técnicas de colocação, além de fomentar a consciencialização sobre a importância da qualidade de vida na gestão da doença hepática crónica avançada. Joana Calvão ressaltou a necessidade de uma abordagem holística e centrada no paciente, incentivando uma colaboração interdisciplinar entre Hepatologistas e especialistas em Cuidados Paliativos.
Os participantes do Congresso Português de Hepatologia contaram com uma apresentação abrangente e informativa, que abordou as indicações para a colocação dos drenos abdominais permanentes, técnicas de procedimento adequadas, gestão de complicações e o impacto na qualidade de vida dos pacientes. A experiência clínica da Unidade de Hepatologia da ULSTMAD foi partilhada, juntamente com casos práticos para ilustrar a utilidade desta abordagem na prática clínica.
Com foco na procura por melhores estratégias para a gestão da ascite em pacientes com doença hepática avançada, a apresentação de Joana Almeida Calvão enriqueceu o debate e contribuiu para a melhoria dos cuidados prestados a esses pacientes.