“Bons biomarcadores são ferramentas que permitem a implementação de abordagens mais personalizadas no acompanhamento do paciente”

O Congresso Português de Hepatologia da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), decorre entre os dias 13 a 15 de abril, na Figueira da Foz, tendo como foco as doenças hepáticas. Aleksander Krag, palestrante da “Master Class: Impact of non-invasive biomarkers in hepatology practice. Where are we now and future trends” revelou os tópicos que estiveram em destaque na sessão, salientando o potencial dos biomarcadores não invasivos na Hepatologia.

“O fígado gordo não alcóolico (em inglês “non-alcoholic fatty liver disease”) e as condições hepáticas relacionadas com o álcool, mas também o Carcinoma Hepatocelular (HCC), continuam a ser os principais desafios, com longa fase assintomática, e, muitas vezes, diagnosticados tarde demais. Aqui, o campo dos biomarcadores pode ajudar, no entanto, precisamos de uma melhor disseminação do conhecimento, educação e absorção na prática clínica – esses são os principais aspetos onde as sociedades médicas podem intervir”, afirmou o convidado.

Aleksander Krag abordou de que forma os biomarcadores não invasivos podem melhorar os cuidados aos pacientes, como podem permitir decisões point-of-care, mas sem deixar de salientar os casos que necessitam de endoscopia e as situações onde não é preciso mais nenhum tipo de acompanhamento. “Bons biomarcadores são ferramentas que permitem a implementação de abordagens mais personalizadas no acompanhamento do paciente. A elastografia e o teste biomarcador da fibrose hepatica (ELF) estão estabelecidos, mas precisam de melhor aceitação na Medicina Clínica. As tecnologias de Inteligência Artificial (IA) e ómicas abrem um novo mundo de biomarcadores”, avançou o convidado.

O profissional de saúde acrescentou, ainda, que as IA e ómicas têm o potencial de revolucionar este campo. Na sua perspetiva, a IA já se encontra a fazer progressos na análise de imagens, contudo também considera que a histologia digital está a chegar a passos largos. “O aprendizado de máquinas permite a análise de dados ómicos complexos e torna-os úteis clinicamente”, salientou.

O especialista mostrou-se entusiasmado com a reunião, alegando que é uma oportunidade para debater com colegas da área e desfrutar de um evento presencialmente, potenciando novos conhecimentos e relações na área de atuação. “As disparidades e desigualdades de saúde dentro dos grupos de pacientes, países e entre países são um problema. Precisamos de aprender uns com os outros e combater as desigualdades na saúde e o estigma nas doenças hepáticas”, recordou Aleksander Krag.

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