A
AAD – Antivírico de ação direta. Medicamento que atua no mecanismo de replicação do vírus, impedindo a sua perpetuação.
Anticorpo – Imunoglobulina produzida pelos plasmócitos, formados a partir da diferenciação dos linfócitos B. Estes são produzidos pela medula e estão dispersos pelo sistema linfático: gânglios, baço e medula.
Antitrombina e tempo de protrombina – Fatores de coagulação. Níveis anormais podem ser indicadores de lesão hepática.
Antivírico – Classe de medicamentos utilizados no tratamento de uma doença vírica. Atua por ação direta (antivírico de ação direta) ou indireta.
B
Bílis – Secreção produzida pelas células hepáticas e colangiócitos e armazenada na vesícula biliar. É drenada para o intestino durante a digestão dos alimentos.
C
Canal biliar – Tubo que transporta a bílis do fígado para a vesícula biliar e de seguida para o intestino delgado.
Cancro – Transformação e proliferação de um grupo de células anormais devido a anomalias genéticas ou por agressão continuada de fator externo causador de inflamação.
Cancro do fígado – Um dos tipos de cancro do sistema digestivo, sendo também um dos tipos de tumores hepatobiliopancreáticos (fígado, pâncreas e vias biliares).
Cancro metastático ou secundário – Disseminação das células tumorais do órgão em que tiveram origem para outros órgãos. Pode acontecer também no cancro do fígado
Carcinoma hepatocelular (hepatoma ou hepatocarcinoma) – Subtipo de cancro do fígado. Cancro com origem em células que formam o fígado (hepatócitos). O carcinoma hepatocelular é o tumor mais frequente do fígado dos adultos.
Carga viral – Concentração do genoma vírico (DNA ou RNA) no sangue de um indivíduo.
Cirrose – Transformação do fígado num órgão de superfície rugosa e duro, devido à alteração da sua estrutura com formação de nódulos e tecido cicatricial (fibrose). A presença de cirrose conduz a riscos elevados de desenvolver complicações como hemorragia digestiva, cancro de fígado, acumulação de líquidos na zona abdominal, entre outros.
Coinfecção – Infeção simultânea por dois vírus diferentes. São relativamente comuns as coinfecções VHB/VHD, VHB/VHC, VHB/VIH, VHC/VIH, VHB/VHC/VIH.
Colestase – A bílis produzida não é drenada e acomula-se no fígado em vez de seguir o seu fluxo natural para a vesícula biliar e intestino.
Contágio – Passagem de um agente microbiano (vírus, bactéria ou parasita) para outro ser vivo.
Cura – Resolução de um processo patológico, agudo ou crónico.
D
Diagnóstico – Série de procedimentos clínicos, laboratoriais, imagiológicos e histológicos que levam à identificação de uma doença ou síndrome.
Doenças autoimunes – Existem mais de 100 tipos de doenças que afetam o sistema imunitário e podem manifestar-se de várias formas. Quando não controladas, podem também afetar o fígado e provocar consequências graves.
E
Esteatose hepática – Fígado gordo.
Extra-hepática – Fora do fígado. Diz-se dos sintomas que, numa infeção ou doença hepática, se manifestam na pele, pulmão, rim ou outros locais .
F
Falência hepática fulminante – Repentina e rápida progressão da doença hepática com falência da função do fígado.
Fibrose hepática – Processo cicatricial do fígado resultando de inflamação crónica e prolongada.
Fígado – Órgão vital, sem o qual não é possível sobreviver. É a maior glândula do corpo humano. Localiza-se do lado direito do abdómen. Desempenha inúmeras funções. Uma das característica do fígado é a sua capacidade de regeneração, que permite a doação “em vida” para transplantes, pois é possível retirar parte do órgão de um doador para implantar no recetor.
Fígado Gordo – Também conhecido como esteatose hepática, significa acumulação de gordura nas células do fígado. Esta acumulação de gordura no fígado resulta predominantemente de erros alimentares e/ou consumo alcoólico que levam à acumulação excessiva de gordura, ao ponto do figado não a conseguir processar.
H
Hepatite – Inflamação do fígado, caracterizada por infiltrados ou exsudados dispersos pelo fígado, constituídos por células inflamatória, nomeadamente linfócitos e/ou neutrófilos. Podem também estar presentes plasmócitos, monócitos e/ou eosinófilos.
Hepatite A – Doença inflamatória aguda do fígado causada pelo vírus da hepatite A.
Hepatite B – Doença inflamatória aguda ou crónica do fígado causada pelo vírus da hepatite B.
Hepatite C – Doença inflamatória aguda ou crónica do fígado causada pelo vírus da hepatite C.
Hepatite colestática – Inflamação do fígado em que, além dos infiltrados inflamatórios, é possível observar depósitos de bilirrubina dispersos pelo fígado.
Hepatite crónica – Persistência de infiltrados inflamatórios no fígado, ou elevação das transaminases séricas, para além de um determinado período: convencionalmente de 3 a 6 meses. No caso de hepatite crónica vírica, implica persistência da infeção.
Hepatite D – Doença inflamatória aguda ou crónica do fígado causada pelo vírus da hepatite delta, na dependência da existência de uma infeção pelo VHB.
Hepatite E – Doença inflamatória aguda do fígado causada pelo vírus da hepatite E. Alguns casos em doentes imunodeprimidos podem evoluir para hepatite crónica
Hepatoblastoma – Tumores maioritariamente pediátricos que têm origem em células embrionárias do fígado.
Hepatomegalia – Aumento patológico do tamanho do fígado.
Hepatoesplenomegalia – Aumento de dimensões simultâneo do fígado e do baço
I
Icterícia – Coloração amarelada da pele e/ou olhos, devido à acumulação de bilirrubina no sangue.
Infeção ativa – Significa presença de vírus. O genoma do vírus é detetável, e eventualmente, quantificável no sangue.
L
Litíase da vesícula – Presença de um ou mais cálculos (vulgarmente conhecidos por pedras) no seu interior.
O
Obesidade – Índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m2.
P
População vulnerável – População que, devido às suas condições de vida e de saúde, está mais exposta a determinadas doenças, apresentando um risco mais elevado de adoecer quando comparada com a população geral.
Prevenção – Conjunto de medidas implementadas para evitar o desenvolvimento de uma doença. As medidas podem ser a nível social, de estilo de vida, alimentação, vacinação, saneamento, medicamentos, sexualidade, entre outros.
R
Rastreio – Teste realizado para detetar precocemente uma doença, pode ser em formato de inquérito, análises clínicas, exames, entre outros.
Reforço de vacina – Dose suplementar de uma vacina.
Reinfeção – Nova infeção com o mesmo agente microbiano, após a cura da primeira infeção.
Risco – Em epidemiologia significa a probabilidade de ocorrência de um resultado desfavorável, dano ou fenómeno indesejado. Pode ser avaliado como risco absoluto (taxa), risco relativo ou risco relativo ao grau de exposição.
S
Sarcomas do fígado – Tumores muito raros que têm origem em células do fígado que não são epiteliais, podem ser vasos, músculo ou tecidos de suporte.
Sequela – Alteração orgânica ou funcional que permanece após a cura.
Sintoma – Queixa subjetiva de uma anormalidade do corpo, percecionada como doença.
T
Terapêutica – Forma de tratamento que usa fármacos.
V
Vacina – Produto biológico que desencadeia uma reação imune a um antigénio ou microrganismo com a formação de um anticorpo neutralizante.
Vesícula Biliar- Pequeno saco que se localiza na face inferior do fígado. É onde fica armazenada a bílis que é produzida no fígado. Após a ingestão de alimentos, a vesícula contrai-se a fim de lançar a bílis para o intestino delgado, através das vias biliares (sistema de canais que drenam a bílis do fígado), para ajudar a digestão das gorduras.
VHA – Vírus da hepatite A, da família dos Picornavírus.
VHB – Vírus da hepatite B. Vírus ADN, da família dos Hepadnavírus.
VHC – Vírus da hepatite C. Vírus ARN, da família dos Flavivírus
VHD – Vírus da hepatite D (delta). Membro único do Delta vírus.
VHE – Vírus da hepatite E. Vírus ARN da família do Herpes-vírus.
Viremia – Presença de partículas víricas na circulação sanguínea.
Vírus – Agente microbiano extremamente pequeno, constituído por material genético (DNA ou RNA) que, geralmente, está envolvido por uma ou várias proteínas.