O Congresso Português de Hepatologia, organizado pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), foi palco de discussões cruciais sobre os avanços na avaliação não invasiva da fibrose, esteatose hepática e hipertensão portal. Uma das oradoras destacadas foi a Assistente Graduada Sénior de Medicina Interna da ULS de Coimbra, Sub-Especialista de doenças do fígado, e Professora Auxiliar Convidada da FMUC, Adélia Simão.
Segundo Adélia Simão, “na avaliação do doente hepático crónico, é fundamental conhecer o estádio da fibrose e da hipertensão portal, porém, métodos como a biopsia hepática e a hemodinâmica são invasivos e têm acessibilidade mais limitada.” Ressaltou o papel da elastografia hepática transitória (Fibroscan) como um método validado e útil na avaliação não invasiva da fibrose hepática e na inferência sobre a gravidade da hipertensão portal.
Além disso, Adélia destacou que “a elastografia transitória é capaz de quantificar a esteatose hepática, proporcionando uma avaliação mais completa do doente.”
Com o objetivo de promover a discussão prática e aprofundada sobre a elastografia transitória do fígado e do baço, o curso que Adélia Simão conduziu durante o congresso incluiu uma parte teórica e prática. Os participantes tiveram a oportunidade de compreender os conceitos atuais, a metodologia e a interpretação dos resultados da elastografia. Além disso, foram discutidos casos clínicos interativos para proporcionar uma compreensão mais profunda do método.
Adélia Simão acredita que, no final do curso, os participantes consigam identificar quando e como requisitar a elastografia; conhecer as suas vantagens e limitações; interpretar e aplicar os resultados clinicamente.