Carcinoma hepatocelular na doença hepática esteatósica: desafios no rastreio e diagnóstico

No Congresso Português de Hepatologia da APEF, a sessão “O carcinoma hepatocelular na SLD. Mecanismos diferentes? Deve o rastreio ser diferente?” trouxe à discussão um dos temas mais relevantes da atualidade na Hepatologia.

Hélder Cardoso, vogal da APEF, destacou a importância da discussão, sublinhando que “o risco de desenvolvimento de tumores hepáticos primários é uma das complicações graves da doença hepática esteatósica”. O especialista alertou ainda para o aumento da incidência do carcinoma hepatocelular, realçando que “frequentemente, estas complicações oncológicas são diagnosticadas em estadios avançados, o que limita as opções terapêuticas e condiciona o prognóstico”.

A sessão teve como principais objetivos rever a epidemiologia, os mecanismos e as características do carcinoma hepatocelular associado à doença hepática esteatósica, particularmente a associada à disfunção metabólica. Foram ainda analisados os métodos de rastreio existentes e os que estão em investigação, tendo em conta a sua acessibilidade e sensibilidade, assim como as limitações que apresentam neste contexto clínico.

O feedback dos participantes foi muito positivo, destacando-se a qualidade da conferência proferida pela Prof. Mariana Machado e a pertinência da discussão. Entre os tópicos debatidos, realçou-se a necessidade de melhorar a identificação dos pacientes com indicação para rastreio sistemático, nomeadamente aqueles com fibrose hepática avançada ou história familiar de risco. Também se abordou a importância de sensibilizar a comunidade médica para o rastreio das neoplasias hepáticas primárias, bem como os desafios das técnicas imagiológicas disponíveis e a necessidade de mais recursos para programas de prevenção e rastreio.

Com esta sessão, reforçou-se a urgência de otimizar estratégias de diagnóstico precoce, garantindo melhores perspetivas terapêuticas e prognósticos mais favoráveis para os doentes afetados.

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